Há algum tempo vinhamos pensando em uma maneira de colaborar mais efetivamente com o trabalho de nossos parceiros, clientes e amigos pecuaristas. Criamos então este canal, onde abordaremos temas relevantes para a nossa atividade de maneira leve e agradável.

Serão artigos e textos escritos por especialistas e profissionais de destaque ligados a todas as recentes novidades do mercado.

Iniciamos nossa caminhada num momento marcante para a pecuária nacional, o Boi Gordo anda galgando novos patamares históricos de preço por esses dias. Onde acessamos as discussões que giram em torno disso. Haverão novas máximas? Quem se arriscaria a palpitar? Juntamente com o preço do Boi Gordo, a reposição apresenta altas expressivas e os insumos acompanham a ascensão, aumentando os custos de produção. Até onde vamos? É a pergunta que não se cala. Variáveis, muitas variáveis, isso não é uma novidade.

Nós, pecuaristas, seguimos tendo que fazer nossa lição de casa, produzir mais, investindo melhor e utilizar tecnologias que dão resultados efetivos. O mercado é importante, claro, mas fica sempre fora da porteira, mesmo em momentos positivos como este, é dentro da porteira que a gente controla, e aqui que devemos focar os esforços e utilizar além das tecnologias de produção, planejamento e gestão, ferramentas de proteção contra os humores do mercado.

Há alguns anos demos uma guinada em nosso negócio. Montamos um projeto para transformar a realidade desta fazenda. A Boa Vista era uma fazenda de recria e engorda tradicional em pasto, como a grande maioria das propriedades brasileiras. Com o aumento do valor da terra e a redução das margens pecuárias, notamos que o momento pedia mudança, tínhamos que ser mais competitivos.

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Nossas opções eram arrendar para agricultura, investir em novas tecnologias ou vender a fazenda. Confesso que a última opção, nunca foi encarada como possível, então tínhamos que definir arrendar ou investir. Estudos, projetos, planos de negócios, enfim, definimos por investir em tecnologias que ampliasse a nossa produtividade em pecuária. Nossa vocação, paixão e propósito, produzir carne.

O projeto foi baseado na construção de um confinamento com o intuito de acelerar a terminação dos nossos animais. Com isso outras demandas e possibilidades de negócios foram surgindo, primeiro veio a necessidade de aumentarmos a lotação e a produtividade de nossas áreas de pastagem, aqueles pastos enormes foram transformados em módulos de pastejo rotacionado. Bom ainda temos uma boa parte da fazenda para transformar, mas o processo está andando e muito bem.

Com o dimensionamento da infraestrutura de confinamento notamos que para atender a nossa capacidade de produção em pasto, ficaríamos com parte da capacidade produtiva ociosa. A exceção dos currais de engorda, que em termos, a gente constrói o que irá ser usado, as demais instalações e equipamentos como estrutura de fábrica de ração e vagão de trato seria capaz de atender uma quantidade maior de animais. Definimos então prestar serviços e oferecer aos pecuaristas da região a possibilidade de usufruir dos benefícios dessa incrível ferramenta que é o confinamento.

O investimento em novas tecnologias é importante, mas também deve ser feito com uma série de cuidados, sobretudo com o desembolso. Ao optar por esse caminho sabíamos que ele não seria simples, nem fácil, mas possível. O aprendizado durante essa fase é muito grande, acertamos, erramos. Tivemos que tomar decisões difíceis e ajustar o rumo do planejamento, sempre tivemos o acompanhamento de especialistas e consultorias que nos auxiliam a tomar as melhores decisões, em cada área do projeto, isso foi fundamental para nos mantermos nos trilhos.

A pecuária vive uma revolução silenciosa, um processo de transformação e evolução constante, onde cada dia é um novo aprendizado. Vemos muita coisa boa sendo feita por aí, nós fazemos parte disso e queremos que você venha junto conosco.

Sejam bem-vindos e esperamos que vocês aproveitem o nosso conteúdo.

Abraço e até a próxima!

Edinho Siqueira
Diretor Administrativo do Confinamento Boa Vista.